21 - De volta ao lugar onde eu não queria estar...

”Sim, este era o dia que eu não queria que tivesse chegado tão cedo...o medo está aqui comigo, junto a anciedade!”

-Se acalme querida, vai fazer mal pro bebê!-disse minha mãe.

-Se você me falar para eu me acalmar novamente eu só ficarei mais nervosa, entenda isso mãe!!

-Ta, ta.

Da janela do carro via alguns lugares que eu reconheci, a cada lugar talvez sem querer eu dava um sorrisinho de canto de boca.”Será que verei Henrique ou talvez Carlos? Será que Carlos contou que eu viria pra cá?”

Eu tinha ligado pra Carlos antes de vim que iria morar nas proximidades da Praia, também contei que estou grávida mas pedi segredo.

-Mãe eu vou pro meu quarto, tenho que organiza-lo e depois eu vou descançar estou exausta.

-Ah, claro querida, você deve estar cansada, depois levarei algo pra você comer.

-Sim.

Minha mãe estava me mimando demais depois que descobriu minha grávidez.

Entrei no quarto e pensei “Então é aqui, meu refúgio!”, joguei as malas em cima da cama e fui arrumar algumas coisas.Depois de tudo arrumado e organizado, me joguei na cama e fiquei pensando o que seria daqui pra frente?

Acordei por minha mãe batendo na porta e me chamando:

-Emi, querida, trouxe um lanche.

-Oh, sim, pode entrar.

Ela colocou uma bandeja com algumas coisas em cima da mesa:

-E então, gostou do quarto?

-Sim, sim, gostei.

-Pena que vai ficar meio apertado.

-Que?-falei não entendendo.

-Pro berço e outras coisas do bebê.

-Que? Ele vai ficar no meu quarto?

-Ué, claro, onde mais ficaria?

-Sei lá, no seu.

Ela deu uma gargalhada:

-Mas, quem é a mãe é você, será você que vai acordar de madrugada!!

-Nossa, valeu!-Falei fazendo joia com uma das mãos.Ela riu e se retirou do quarto,tratei de me alimentar e fui dormir.

Acordo com  meu celular tocando.”Quem será?”:

-Alô.

-Eai, já tá na casa nova?

-Tô, quem é?

-Sou seu amoreco, Carlos.

Levanto assustada:

-Ah, amoreco...-“Ô as ideias..!”-O que você quer?

-Quero te ver!!

-Agora?

-Pode ser, ou depois, sei lá!

-É que agora não dá, acabei de ser acordada por um chato que me ligo.

-Rara, pode ser a tarde?

-Sim pode.

-Eu te busco, ok?

-E por acaso se sabe onde eu moro?

-Me diz o que eu não sei?

-Desculpa ae, senhor vidente.

-Me disseram que umas novas pessoas se mudou, suponho que seja você e sua mãe.

-Ah claro.Tá bom então, te vejo a tarde!

-Ok, amore.

-Para de me chamar de amore tá legal?

-Tá...tchau...amore...!-E desligou o celular.”Esse Carlos não muda mesmo hein!”

Como prometido Carlos apareceu em casa a tarde. Minha mãe mandou ele entrar, ele foi em direção a sala onde eu estava:

-Ah não acredito!

-O que?

-Pensei que sua barriga estivesse maior!

-Para de ser bobo!

Ele me abraçou:

-Que saudade!!

-Sério?

-Não.

Nós rimos:

-Então, eu vou sair um pouco com sua filha mas prometo que trago ela de volta em segurança, ok?

-Se é assim, pode ir.

Nós saimos, fomos em uma lanchonete, estava tudo indo muito bem até que eu vi uma pessoa que não me agradou muito, Karlla, ela passou em frente a lanchonete e ainda mais ficou me encarando aquela vaca!

-Vamos na praia?

-Acho melhor não, acho que não estou pronta pra ver ele.

-Hum, tá certo.O que você quer fazer então?

-Acho melhor voltar pra casa.

-Ok.

No  caminho, uma garota que estava encostada na parede chama Carlos:

-Carlos!

-Oh, Camilla.Venha conhecer ela!-Ele me puxa.

Ela fica meio sem jeito perto de Carlos:

-Oi, Carlos, quem é a novata?

-Oi, é Emilly.

-Oi, prazer.

-Prazer, Camilla!-disse ela sorridente.Um amigo de Carlos o chama:

-Esperem ai meninas, volto logo amoreco!-diz Carlos pra mim.Camilla não gostou nada:

-Nossa, amoreco, vocês são bem intimos, não é mesmo!

-Somos sim.-Disse eu ingênuamente.

-Namorados talvez?

-Ah...-não deu tempo de responder Carlos me puxou:

-Tchau Caah.

-Tchau.

-Camilla...-eu disse.

Cheguei em casa me sentei nos degraus que tinha em frenta à minha casa e Carlos sentou do meu lado:

-Tenho que me explicar com a Camilla...

-Por que?-disse Carlos.

-Ela acha que nois somos namorados.

-E não somos?-ele disse brincando.

-Claro que não, seu bobo!

-Não se preocupa, depois se resolve isso com calma, agora tenho que ir, tchau amoreco.

E me da um abraço e um beijo no rosto.

-Já te disse que nada de amoreco e nem amore!

-Tchau, amor!

E ele foi embora, eu entrei e fui comer o que ultimamente era o que eu mais fazia.